Diante
da melhora da economia brasileira e da queda da inflação, a diretoria
do Banco Central, em decisão unânime, optou por cortar os juros pela
décima vez consecutiva. A taxa, agora, caiu para 7% ao ano – o menor
nível desde 1986, quando o BC começou a definir essa taxa. Para os
brasileiros, isso significa mais emprego, mais crescimento e crédito
mais barato.
Esse novo cenário, com juros mais
baixos, só foi possível depois de medidas que criaram condições para
taxas menores. O teto dos gastos, o ajuste fiscal e outras medidas que
reorganizaram a economia deram o espaço de que o Banco Central precisava
para fazer esses cortes.
Essa decisão é tomada em um grupo que
reúne os diretores do Banco Central oito vezes por ano para decidir qual
será a taxa básica de juros. O nome desse grupo é Copom, que é a sigla
para Comitê de Política Monetária.
Em comunicado divulgado após a decisão, a
diretoria do BC afirmou que o comportamento da inflação “tem evoluído
conforme o esperado”.
Importância da Selic
A definição da taxa Selic é importante
para a economia por ser uma referência para investimentos. Os juros são
considerados a menor taxa de retorno para o custo do dinheiro. Ou seja,
quando um empresário decide tirar um projeto do papel, ele avalia se o
lucro do projeto é maior ou menor que essa taxa básica.
Se a Selic for menor do que a taxa
esperada de lucro do investimento, o mais provável é que esse empresário
mantenha esses recursos investidos em alguma aplicação financeira, com
risco menor.
Empréstimos e financiamentos
A taxa básica de juros também tem
influência direta sobre o quanto um consumidor paga por empréstimos e
financiamentos. Quando o BC altera o valor da taxa, também muda o custo
dos bancos para captar recursos, dinheiro que será emprestado
posteriormente aos clientes.
Se o custo do banco sobe, o empréstimo
para o consumidor também pode subir. Se a taxa baixa, esse custo pode
baixar. Os juros básicos ainda têm uma importância grande, porque ajudam
a controlar a inflação.
O que é meta de inflação
No Brasil, para os preços não saírem de
controle, foi criado um sistema de metas de inflação. Ele funciona
assim: o Conselho Monetário Nacional (CMN), órgão formado por ministros
de Estado, define um objetivo a ser perseguido pelo Banco Central. Em
2017, a meta é uma inflação em 4,5%.
Essa meta, no entanto, permite uma
margem para abrigar possíveis crises e choques de preço. Ou seja, em
situações excepcionais, o IPCA pode chegar a, no máximo, 6% e a, no
mínimo, 3%.
fonte: Banco Central Governo do Brasil
fonte: Banco Central Governo do Brasil
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