Líder da Rede, que não decidiu se disputará o pleito de 2018, critica 'os grandes partidos' por, segundo ela, estarem 'privatizando' recursos públicos
Marina Silva afirmou que “a polarização já deu o que tinha que dar”
Sem
uma definição sobre sua candidatura à presidência em 2018, a
ex-senadora Marina Silva (Rede) criticou a reforma política aprovada
pelo Congresso neste ano e, lembrando o que chamou de “fraude eleitoral”
em 2014, afirmou que os grandes partidos estão “privatizando” os meios
de campanha eleitoral.
“O fundo (público eleitoral) será para eles
e o tempo de horário eleitoral será para eles”, atacou Marina, sobre o
fundo público de 1,7 bilhão de reais destinado a financiar as campanhas
eleitorais em 2018. As declarações foram dadas por ela após entrevista
no seminário Amarelas ao Vivo, promovido por VEJA nesta segunda-feira em
São Paulo.
Questionada por jornalistas a respeito da viabilidade
eleitoral de sua eventual candidatura em um quadro de fragmentação de
candidatos e sem alianças com siglas mais robustas que a Rede
Sustentabilidade, Marina afirmou que os grandes partidos “hoje se
transformaram em instituições que são investigadas pela Polícia Federal,
o Ministério Público e a Lava Jato”.
Indagada sobre se haverá no
ano que vem uma reedição da disputa entre PSDB e PT, repetida nas
eleições presidenciais desde 1994, Marina Silva afirmou que “a
polarização já deu o que tinha que dar”.
Terceira colocada no
pleito de 2014, a líder da Rede reafirmou que as eleições naquele ano,
vencidas pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), foram fraudadas. “O que
ganhou a eleição foram as estruturas, os marqueteiros, o dinheiro
desviado da Petrobras, dos fundos de pensão. Espero que com o trabalho
da Lava Jato, tudo que está sendo investigado, se tenha o arrefecimento
da corrupção eleitoral”, completou.
Fonte: Veja
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