Policiais Militares votaram pelo retorno às ruas, no Rio Grande do Norte, após acordo com o governo do estado (Foto: Michelle Rincon/Inter TV Cabugi) |
Ainda na terça, a PM anunciou que acatou a proposta do governo para
encerrar a greve, mas aguardava a formalização da proposta em um
documento que só foi concluído nesta quarta. O fim da greve foi votado
em assembleia após o governo assinar este documento.
Conforme Dalchem Viana, representante da associações de policiais e
bombeiros, os militares voltam ao serviço ainda nesta quarta-feira (10),
utilizando porém, viaturas em condições de uso. "Conforme o estado for
dando condições, os policiais estarão nas ruas", declarou.
Segundo a assessoria da Polícia Militar, a expectativa é que de que o
patrulhamento já esteja normalizado até a noite. Novas viaturas foram
entregues nos batalhões da capital e um total de 50 serão
disponibilizadas até a próxima sexta-feira (12).
O governo garantiu não abrir nenhum processo administrativo ou motivar
qualquer sanção à categoria e ainda a retirar as ações judiciais
impetradas nos plantões; garantiu o pagamento integral do salário de
dezembro aos ativos, reservistas e pensionistas no dia 12 de janeiro
(PMs, bombeiros, policiais civis, Itep e agentes penitenciários); a
disponibilização de verbas federais para investimento em infraestrutura
(aporte de R$ 100 milhões); o aumento do vale alimentação de R$ 10 para
R$ 20. Além disso, o Governo se comprometeu com a chegada de 59 novas
viaturas para os batalhões da Polícia Militar com recursos do Banco
Mundial.
"Os policiais militares decidiram encerrar o movimento em respeito à
população do Rio Grande do Norte que mesmo sofrendo com a falta de
policiamento nos apoiou", disse o presidente da Associação de Cabos e
Soldados da PM, Roberto Campos.
O governador se reuniu com os deputados estaduais nesta terça e convocou
uma sessão extraordinária para votação de 19 projetos de lei que fazem
parte de um pacote fiscal denominado "RN Urgente", que foi enviado pelo
governo como parte das soluções apontadas para a crise financeira
estadual.
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