A Procuradoria-Geral da República denunciou, nesta terça-feira, o
governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), acusado
de desvios de salários de servidores "fantasmas" da Assembleia
Legislativa do Estado desde 2006. Faria foi deputado estadual por seis
mandatos e presidiu a Casa entre os anos de 2003 e 2010. Faria foi delatado pela ex-procuradora da Assembleia Legislativa do Rio
Grande do Norte, Rita das Mercês, apontada pelos investigadores como
organizadora dos esquemas de desvios no início de agosto, quando foi
deflagrada a Operação Dama de Espadas.
Defesa fala em 'conduta ilibada'
Ao MPF, Rita afirmou que até 2010, quando deixou o cargo de
presidente do Legislativo estadual, Faria "embolsava" R$ 100 mil
mensais com o desvio de verbas públicas em suposto esquema de indicação
de funcionários "fantasmas" na Casa.
Com base nas informações da
ex-procuradora da Assembleia, a PF deflagrou, no dia 15, de agosto a
Operação Anteros. Em uma ação controlada, a operação flagrou tratativas e
pagamentos feitos pelo assessor de Robinson Faria, Adelson Freitas dos
Reis, à ex-procuradora. O filho dela, Gustavo Villaroel, também
confessou ter recebido pagamentos. Os valores, segundo Rita, seriam para
comprar seu silêncio.Defesa fala em 'conduta ilibada'
"Conforme
demonstram as interceptações telefônicas e ação controlada levada a
efeito pela autoridade Policial Federal, o governador Robinson Mesquita
de Faria associou-se a Magaly Cristina da Silva e Adelson Freitas dos
Reis para o fim específico de praticar crimes de obstrução à
investigação de organização criminosa", relatou o MPF na denúncia.
Em
nota, os advogados de Faria defenderam a "conduta ilibada" do
governador. "A defesa do governador Robinson Faria, até o presente
momento, não teve acesso à suposta denúncia. De qualquer modo,
ratificamos a conduta ilibada do governador ao longo de sua vida
pública", afirmou no texto. fonte: Jornal O Dia
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